DOMINGO NO QUARTO
Gil
fez seu Domingo no Parque.
Na
roda, José, Juliana, João.
Sorvete,
espinho, uma canção,
No
ritmo, compasso do coração.
Eu,
meu Domingo no Quarto.
Cortina
fechada para o mundo,
Poema-euforia,
quase infarto.
Retrospectiva
em um segundo.
A
hora apressa, o dia passa,
Na
janela, um triste retrato:
A
vida, a raça, tudo às traças.
Uma
rotina que já estou farto.
O
presente assa,
Queima
a carcaça.
Hoje,
assim-assado,
Já
virou passado.
Fogo,
cinzas, estilhaço,
Queimando
como mormaço.
O
peito ardendo, inchaço.
Faca,
o que é que eu faço.
Não
dou um passo.
De
novo, caio no laço.
A
minha vez, repasso.
Deixo
marca,
Marca-passo.
Mais
um domingo
Sem
cara de Sunday,
Mais
um dia findo
Sem
gosto de Sundae.
Obs:
• DOMINGO NA QUARTO, poema extraído do livro “Só Concursados – diVersos poemas, crônicas
e contos premiados” – 2010.
2 comentários:
Mais um belo poema de Geraldo Trombin. Deixando de forma brilhante sua marca literaria. Parabens, amigo.
Obrigado, amigão. E vamos seguindo sempre tirando de letra! Abraços
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