Se o fogo consome
Jejuns diários
Castro lírios negros
Não para comê-los
Mas para desvirtua-los
do meu esboço amoroso paranóico
O meu amor não começou
Perdi a memória em um quintal esburacado
E talvez no buraco
Anjos sussurrem em segredo
Amor apocalíptico degenerado
Lacrei o coração depois
Que Joana D´Arc ouviu a voz de Deus
Ou quando minhas asas cor de carmim
Foram decepadas
Mágoas traficadas
e declarações expulsas da praça
em que eu caminhava
Cantando odes á chuva
Sorvo o amor alheio
Voyer lunática das esquinas
Minhas cartas viraram testemunho
de crimes sórdidos
E febre vermelha
Devolvam minhas asas!
Recompenso com um punhado de lágrimas secas
Na moradia confortável do caos
Suspeito onde se esconda Eros
Espero,forjando tramas diabólicas
Ou uma camisola rosa
Para me deitar com o vazio.
Imagem:autor desconhecido
3 comentários:
"Sorvo o amor alheio
Voyer lunática das esquinas
Minhas cartas viraram testemunho
de crimes sórdidos
E febre vermelha"
Daria um belo roteiro para o cinema. Lindo demais.
Devolvam minhas asas!
Recompenso com um punhado de lágrimas secas
Na moradia confortável do caos
Suspeito onde se esconda Eros
Espero,forjando tramas diabólicas
Ou uma camisola rosa
Para me deitar com o vazio.
Simplesmente alucinante. Cru. Pensei nesta palavra. Forte e Cru.
Sempre penso em uma palavra qdo leio seus textos. Vc descreve viagens com muitas imagens, como um projetor mandando ver... Parabéns. Bjs
Surpresa de achar uma Medusa que costura insanidades...
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