O Deus da Guerra está enfermo,
Massacrado pelo medo.
Geme à ferida da fúria
Escarlate e insegura.
Cospe lágrimas, incandescentes
Sobre escárnios e escombros.
Movimenta-se lento
Na atmosfera rarefeita
Mutilada e imperfeita.
Arrasta-se, arrasta-se...
Ante um tempo sem dobras,
Um tempo linear
De alvéolos sonolentos
Sôfregos pela fumaça.
Arrasta-se, arrasta-se...
Mas insiste em respirar.
2 comentários:
Sempre digo que enquanto a guerra for o caminho mais comum e derradeiro para a paz, teremos um Deus da Guerra trôpego, relutante, sofrível e sofrido, mas persistente, presente; prepotente. Independentemente da guerra em que nos metamos, que façamos do exemplo de não guerrear, o motivo de nossas batalhas. Beijo
Muito bacana o poema. Tem vida própria. Realista com boas imagens!
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