segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Os amantes

A luz do dia dissipa os dissabores em forma de canto em que ouço sem atenção. As janelas murmuram sua presença no meu jardim, rosa das brancas, vermelha de sangue e de vergonha.

— Vergonha de mim?

Talvez não, talvez não seja isso, ou seja. A noite se expande pelo céu enraizando sua escuridão nas nuvens. O véu da noite separa os amantes do tempo e a escuridão os acoberta do espaço.

— Mas, e quem disse que somos amantes?
— E quem disse que não somos?
— Os amantes se olham com os ouvidos, se vêem com a boca e se falam com o olhar.

O beijo dos amantes nada mais é que um selo de uma carta, palavras que não precisam ser ditas, escritas com sorrisos de sentimentos, pensadas com a alma. Palavras de amantes não tem morfologia ou sintaxe, só a semântica dentro da mente deles.

Amantes são o desejo da felicidade consolidado na Terra.

3 comentários:

Deveras disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Deveras disse...

Imaginei um diálogo teu com Lucas. Meio paranóicos, meio esquizofrênicos, mas românticos, no fim das contas...

ficanapaz

Blog Bar do Escritor disse...

tem coisa mais bonita que ser amante? é puro sentimento, sem vícios, sem tédio, pura paixão...bom mali.