quinta-feira, 5 de março de 2009

Assassinato na Avenida paulisrta


Exercício proposto pelo Prof. Marco Antunes na oficina literária da Câmara dos Deputados: Conte-nos como, onde e quem matou Adelaide Santoro numa história de suspense que não pode ter mais que dez linhas.

Era tarde, por volta das oito horas da noite. Antes de sair tranquei os arquivos e levei um café para a doutora Adelaide Santoro. Ela estava pálida, estranha. Perguntei se ela estava bem. Agitada, estalava os dedos e olhou duas vezes para o enorme relógio da parede. Jamais tive liberdades com a doutora, mesmo assim ainda perguntei se ela queria desabafar comigo. Respondeu-me que não, que eu poderia ir embora e que já havia chamado um táxi para levá-la para casa. Todos nós, do escritório, sabíamos que o doutor Santoro guardava um revólver na gaveta direita da escrivaninha. Tenho certeza que não havia mais ninguém nas salas. Todos já haviam saído. Juro que não fui eu quem matou a Doutora Adelaide Santoro.

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