segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sinestesia

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Não somos parecidos
nem sequer nos desvarios e esquecimentos.

Um porto selvagem se perde além das nossas trincheiras
e o que resulta
além do arrastar uma areia espessa

é algo como um chuva
num chão devastado por
por cores de serpentes e borboletas.

Tu és esfinge
eu sou apenas
o espectro

e ainda assim, não somos parecidos
nem sequer em nossas tormentas.

Caminhamos lado a lado
eu, fazendo escarcéu com o gosto do toque da névoa
e o teu rosto brincando de incendiar os belos
e mortos
pássaros de ar

que tu mesmo inventas.



(Jessiely Soares)




*Desconheço o autor da fotografia.

3 comentários:

Iriene Borges disse...

que lindo Jessy!!!!!!

Anônimo disse...

Olá,

somos do Blog minervapop@blogspot.com.....gostaria de convidá-los a visitar nosso blog....e a enviar info sobre seu trabalho.

Parabéns pelo blog!

Anselmo

Anônimo disse...

melhor poesia!