O SUPINO
O dia mais difícil da sua vida...houve?
A vida corria, como se diz: legal.
Um dia o menino ficou em pé na porta da cozinha, com as pernas e braços abertos. O cachorro da casa, não tendo por onde passar , “vazou” por entre as suas pernas e o levou junto lá pra baixo...a casa ficava mais elevada, para evitar os danos do rio, nas enchentes.
Um braço quebrado. Era tarde, quase por anoitecer. Seu tio colocou-o nas costas e foi rumo à estação para pegar “ o noturno”; esse, já havia partido. Restou uma caminhada de mais de vinte quilômetros até a cidade, onde os cuidados médicos seriam tomados. Fazenda naquele tempo...tinha carrão, não.
O tempo passou, o braço sarou e a vida mudou.
Já meninão, foi estudar para ser padre, por influência do meio no qual vivia e porque alguns amigos disseram que iam,.foi também.
Rezar, estudar, praticar esportes. Quando não era assim, era praticar esportes, estudar e rezar. Vocês sabem o que é o supino? Pois é: ele sabe.
Nos retiros espirituais, por ocasião da semana de carnaval, incomunicabilidade por três dias consecutivos. Formava-se grupo de três seminaristas que caminhavam pelas dependências do seminário, sob observação dos padres e a única coisa permitida era rezar o rosário. Havia um puxador e os outros ficavam com os ora pro nóbis.
Ave Maria, cheia de graça: “cacete, você me deu uma paulada naquele lance”, o senhor é convosco” ah! Você que é frouxo”, bendita sois vós: “ frouxo é sua mãe, seu filho da puta”
E assim oravam, conversavam e acho que Nossa Senhora ria lá de cima...corja!
Havia um padre que gostava de vinho.No ofertório, o coroinha colocava três gotas no cálice.O padre ficava esperando, olhando com cara de bravo. O menino colocava mais um pouquinho...nada.O padre ali, olhando feio.O jeito era derramar.Um dia, na sacristia, o padre disse:
-Olha, “firio” io non vô ti excomungá. Vô te quebrar a cara, desgraciato.O vinho é seu?
Deus dispôs e o menino saiu do seminário. Na verdade, Ele pôs um rabo de saia no caminho do já adolescente, em uma das últimas férias. Foi-se o futuro papa brasileiro. Ficou sabendo de uma língua que já era morta; mas o que deu de trabalho, a desgraçada. Com ela que ficou sabendo do supino, do dativo, do ablativo etc.
Tomando o café da manhã na companhia do bispo, estava descascando a laranja com garfo e faca. A maldita escapou, correu pela mesa, bateu no bule de café, caiu tudo na roupa do santo homem.Foi excomungado.Virou Corintiano...ad aeternum.
.Por sinal, aeternum está no acusativo, regido pela preposição ad. No seminário a matemática não era lá muito estudada.Padre não aprende a somar, também não multiplica. A divisão que prega não necessita de cálculos. Só restou ao ex-seminarista, o clássico. Depois fez um curso de letras e por fim, de direito.
O que tinha que fazer na vida, já fez.
A vida corria, como se diz: legal.
Um dia o menino ficou em pé na porta da cozinha, com as pernas e braços abertos. O cachorro da casa, não tendo por onde passar , “vazou” por entre as suas pernas e o levou junto lá pra baixo...a casa ficava mais elevada, para evitar os danos do rio, nas enchentes.
Um braço quebrado. Era tarde, quase por anoitecer. Seu tio colocou-o nas costas e foi rumo à estação para pegar “ o noturno”; esse, já havia partido. Restou uma caminhada de mais de vinte quilômetros até a cidade, onde os cuidados médicos seriam tomados. Fazenda naquele tempo...tinha carrão, não.
O tempo passou, o braço sarou e a vida mudou.
Já meninão, foi estudar para ser padre, por influência do meio no qual vivia e porque alguns amigos disseram que iam,.foi também.
Rezar, estudar, praticar esportes. Quando não era assim, era praticar esportes, estudar e rezar. Vocês sabem o que é o supino? Pois é: ele sabe.
Nos retiros espirituais, por ocasião da semana de carnaval, incomunicabilidade por três dias consecutivos. Formava-se grupo de três seminaristas que caminhavam pelas dependências do seminário, sob observação dos padres e a única coisa permitida era rezar o rosário. Havia um puxador e os outros ficavam com os ora pro nóbis.
Ave Maria, cheia de graça: “cacete, você me deu uma paulada naquele lance”, o senhor é convosco” ah! Você que é frouxo”, bendita sois vós: “ frouxo é sua mãe, seu filho da puta”
E assim oravam, conversavam e acho que Nossa Senhora ria lá de cima...corja!
Havia um padre que gostava de vinho.No ofertório, o coroinha colocava três gotas no cálice.O padre ficava esperando, olhando com cara de bravo. O menino colocava mais um pouquinho...nada.O padre ali, olhando feio.O jeito era derramar.Um dia, na sacristia, o padre disse:
-Olha, “firio” io non vô ti excomungá. Vô te quebrar a cara, desgraciato.O vinho é seu?
Deus dispôs e o menino saiu do seminário. Na verdade, Ele pôs um rabo de saia no caminho do já adolescente, em uma das últimas férias. Foi-se o futuro papa brasileiro. Ficou sabendo de uma língua que já era morta; mas o que deu de trabalho, a desgraçada. Com ela que ficou sabendo do supino, do dativo, do ablativo etc.
Tomando o café da manhã na companhia do bispo, estava descascando a laranja com garfo e faca. A maldita escapou, correu pela mesa, bateu no bule de café, caiu tudo na roupa do santo homem.Foi excomungado.Virou Corintiano...ad aeternum.
.Por sinal, aeternum está no acusativo, regido pela preposição ad. No seminário a matemática não era lá muito estudada.Padre não aprende a somar, também não multiplica. A divisão que prega não necessita de cálculos. Só restou ao ex-seminarista, o clássico. Depois fez um curso de letras e por fim, de direito.
O que tinha que fazer na vida, já fez.
O supino?
Vide próximo capítulo ou perguntem para a Cecília, tia do Allan Vidigal.
---
josé hamilton da costa brito
2 comentários:
mts assim no meu curso, um pe professor de latim da UFC, substituto.
Ah, Brito, sei de nada "naum"! risos***
Postar um comentário