essa face rasa respinga
no concreto
é o asco que abarca seres
rancorosos e magoados
iguais a você
surge com suas mãos
seus dedos sobre olhos
máscaras de esconder
com toque nocivo
que desdenha o que
mais quer
feche o punho que a vertigem
é mais soco que miragem
reflete o que há de belo
e aceitável
é imiscível com o que trago
sou suja, incurável
muco e substância
fétida
não vivo em seu mundo
e se sou uma qualquer
não sou para seus olhos
o que há de mais precioso aqui
é o que não pode alcançar
ou ao menos perceber.
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