Não faz muito que descobri os campos de espaço-tempo curvos.
Em silêncio, reconheço: na verdade, ainda não os descobri.
Que tempo é esse, que me esconde o espaço em que você est(á)(ava)(eve)?
Que dimensão do espaço-tempo escondeu você?
Em que tempo da minha dimensão você se camuflou?
Na dimensão em que você esteve em mim, como me dimensiono no tempo teu?
Quando tempo-espaço seguem juntos, em que lugar-momento está você?
Quantos milésimos de espaço-tempo dura o seu lugar?
Quantos lugares, ao mesmo tempo, você pode ocupar em mim?
De quantos você, em um único tempo, eu posso me ocupar?
Quantos de você tenho em mim?
Que tamanho tenho em você quando me vejo em ti?
Me disseram que o espaço se curva com o tempo. Que isso dilata o tempo.
Que é a relatividade.
E deve ser mesmo relativo.
Por que o tempo nosso não dilatou?
Pareceu tão curto.
Seu espaço, algum dia, vai se curvar sobre o meu tempo?
Tenho medo que a curva do seu espaço sobre o meu tempo me tire do lugar.
O espaço do meu lugar não se curva no infinito com o seu tempo.
O seu tempo curvou o meu espaço no infinito.
O seu infinito tomou espaço demais no tempo meu.
Meu infinito já não cabe mais no seu.
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