quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

dois poemas do LEOA OU GAZELA, TODO DIA É DIA DELA

Meu D.Quixote

Tinha dragões
capturados
que repousavam,
pintados,
em seu braço.

Mas a paixão
perdeu o viço

e depois disso,
vejo desenhos de moinhos
tatuados.



Homem Árvore

Corpulento e magnífico
conífero
derrubado sobre mim,
pobre gramínea!

Com voz de carvalho
- grave e inclemente -
ele ordena:

- Prova-me, erva daninha,
que te orvalho!

Estranho sabor
tem seu falo:
sequóia milenar.

Gosto araucário de terra,
raiz tuberosa.

Não sei se o quero:

Sou frágil
como uma rosa!

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