Chegou o dia vinte e nove, esse que me convida a escrever e compartilhar, aqui. O meu dia (olha só, um dia inteirinho pra mim, melhor aproveitar). Mas cada vez me sinto menos escritora (minha tarefa de bebedora segue inabalada). Encaro essa página de postagens do blogspot.com por longos períodos, e chega a mim um certo desespero - sou a única? Me canso inclusive de falar sobre minha falta de inspiração, a gente pode mamar da mesma fonte até um certo limite.
Mês passado tive sorte, olha só, não houve vinte e nove - ufa, podia fingir não escrever porque o calendário não deixava. Nos anteriores esperava ansiosamente minha hora de postar aqui, mas a vida foi tomando conta, sabe? Me ocupou de resolver papelada, rever velhos amigos, mudar de cidade e de país, procurar emprego e deixar meu apartamento. Me deixou com teto e sem teto, ao mesmo tempo. Em casa e absolutamente estrangeira, ao mesmo tempo. Diacho de mundo velho sem porteira, diria meu vô, que dizia pouco. Talvez fosse esperto o vô Jorge, quieto ficava enquanto as tias fofocavam, e se ocupava basicamente de sua horta e das missas. Já eu, fico aqui tentando escrever, tentando falar, quando às vezes, mesmo com a vida inteira te circundando, te alfinetando, não tenho nada a dizer.
Espero passar, mas às vezes até me canso de esperar. A gente já sabe que a vida não é fácil e nem sempre te dá o que quer, então aceito tranquilamente os períodos de silêncio. Aceito. Vou viver a vida, e deixo meu blog às moscas. Eu posso, ele é meu. Aceito. Espero. E nada!
Diacho!
(Pô, eu também tenho meus limites, dona fada da inspiração)
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