por Angela Gomes, Tullio Stefano e Ricardo Pozzo
Sapatos bordados de azul
Sol crepitante no asfalto rasgado
A queda de um anjo
Vermelha aspereza cravada
Na pálpebra açucarada
Da incerteza dos dias.
Tão certos como a agonia crivadaNo mel que não bebemos
O gosto que furtamos da boca
E não falamos porque é sumo
Da queda e da palavra
Privados da infinita beleza
No ácido corrosivo do tempo
Realizando no espectro de incertezas
As ilusões que se desfiguram com o vento.
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