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sei bem que não te amo,
mesmo quando te chamo assim
guardo teu olhar e meu susto
num frasco
o vidro reflete essa coisa nua e estranha
repetes no escuro o que já sei. Não te amo, amor
recitas cantilenas febris e obedeço à calma
traças amarras rendadas nos meus lábios
mas são teus olhos, honey.
não te amo.
agendamos ao acaso esse desencontro, essa fome
nisso concordamos. Carne, alguma alma e tuas mãos
esparramadas no prato minhas novenas cifradas
é libertador não te amar, Love. Confesso.
pode comer essa menina fosca, essa ninfa
essa estranha que entrevejo e amo
e só aparece nos teus olhos.
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3 comentários:
Bom demais. Seu estilo bem marcado
Belíssimo.
Vim desejar um Feliz Natal.
Bj.
Irene
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