quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A profundidade da infância



Para Luiz Henrique
Quando te conheci nos teus profundos olhos negros pude sentir uma energia incomum. Vives no meio do caos, onde qualquer outro ser humano, talvez não sobrevivesse.
Vocês tão pequenos, são frutos
 não sabemos bem do que, se de amor ou descuido. Fazem parte da minha vida por ofício do destino. Dessa vida? Ou de outra vida? Uma paixão que não precisa ser explicada, por essa gente pequena, que muito me engrandece.
Tua mente, por alguns, foi considerada de um louco, já eu desde a primeira troca de olhares, te considerei um gênio. Com toda a nobreza que a existência de um tem.
Teus desenhos, de alguma maneira, sempre manifestam alguém além dos gritos e brigas. Mostraram-me como que a mente humana realmente é. Tuas gargalhadas incansáveis demostram a profundidade do teu ser.
Mas de todos os motivos, que fazem de mim uma admiradora convicta de tua pessoa, o maior de todos, é a tua frase, já dita mais que uma vez: “tia, tu tem olhos diferentes.”. Dessa forma entendo-te por inteiro.
A imagem que hoje tomou conto da minha mente, e ali ficará: são teus pequenos passos lentos, ao lado de tua mãe, e mais um bocado de gente que não sei quem é, pois o único que me importava, era tu.
Teus passos, em meio a toda a terra, e só terra...
E saber como tu mesmo disseste: “Eu sou da cor chocolate.”, te perguntei então: “E eu que cor sou? Posso ser chocolate também?”, “Pode, mas tu é chocolate branco.”
Que assim sejamos doces como chocolates...

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