acordei desalmada
hoje fiquei enredada no breu
nada serve, nada me encanta
não me espanta o canto da cigarra
que, deslocada ciciou até estourar
perdi a alma na escuridão
escorregou num desvão
teu sorriso me valia no céu azul
eu entrevi numa entrelinha
tentei sorrir de volta
acenei
acho
ando esvaída de certezas
mente pintada em tarjas vermelhas e pretas
encolhi num canto o esgar
não era um sorriso
minha alma evaporou
sinal de fumaça
código morse
sopra de volta
manda a cigarra cantar
cicia pra mim
sorria por mim
acredita por mim?
Um comentário:
desalmada, mas não desarmada
well, milady!
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