segunda-feira, 8 de julho de 2013

acordei desalmada



acordei desalmada 
hoje fiquei enredada no breu 
 
nada serve, nada me encanta 
não me espanta o canto da cigarra 
que, deslocada  ciciou até estourar 
  
perdi a alma na escuridão 
escorregou num desvão 
 
 teu sorriso me valia no céu azul 
eu entrevi numa entrelinha 
tentei sorrir de volta 
acenei  
 
acho 
 
ando esvaída de certezas 
 mente pintada em tarjas vermelhas e pretas 
 
 encolhi num canto o esgar  
não era um sorriso 
 
minha alma evaporou 
sinal de fumaça  
código morse 
 
sopra de volta 
manda a cigarra cantar 
cicia pra mim 
sorria por mim 
acredita por mim? 
 

Um comentário:

Jarbas Siebiger disse...

desalmada, mas não desarmada

well, milady!