quarta-feira, 6 de novembro de 2013

amor próprio



amo-te
de um jeito
só meu

sem parada
sem charada
sem trovoada

amo-te
de um ímpeto
só meu

sem bordoada
sem almofada
sem saraivada

amo-te
de um tempo
só meu

sem jangada
sem pincelada
sem alvorada

amo-te
de um barulho
só meu

com batucada
com gargalhada
com patuscada

amo-te
de um amor
só nosso

Carlos Cruz - 18/07/2013

Um comentário:

Hugo Renato disse...

Amores não precisam de tudo, nem sempre se tem uma almofada ou uma jangada por perto... mas que tenham um ritmo e uma identidade própria. Eu percebi isso no seu poema, gostei bastante. Espero que visite o Andando Distraído. Até logo, abraço!