daqueles que salvam gente
(mas nunca se salvam, nunca
de seus próprios acidentes)
acho que eu cortava os pulsos
a c i d e n t a l m e n t e .
Se eu fosse um super-herói
daqueles de aço & tédio
(que só dormem quando à base
de overdoses de remédios)
acho que eu me atirava
do alto daquele prédio.
Se eu fosse um super-herói
daqueles que não tem medo
(mas em seus quartos escuros
choram, baixinho, em segredo)
acho que eu abria o gás
Um comentário:
Show de bola este poema, me fez pensar muito, todo herói tem o velho Complexo de Quíron, incapaz de ajudar a si mesmo.
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