Todos os dias tu postas o teu banquete.
Sentam-se contigo
Quem bem entendes.
Tú escolhes, e colhes
O sono frouxo desta digestão.
O riso fácil dos que tens à mão.
E de mim, tens , apenas,
A visão de que me reservaras algo que não pedí.
Perceba!...Tenho algo intangível,
Um humor crível
Que não tem etiqueta-de-preço.
Não me chames
Um dia eu apareço.
Não te custará cobre algum.
Virei , vestido de nobre,
Ou travestido de bebum.
Virei do jeito que eu quiser
E, não te custará um trocado qualquer.
Esse é meu preço.
Pois , do metal eu sempre esqueço
Quando a minha fome
Faz par à tua.
Faz verdade, meio cozida , meio crua
De almas que prefiro nuas
De mesas postas
De sono frouxo
De riso farto.
Sem preço
Sem etiqueta
Com quase nada que nos remeta
Ao círculo vicioso
Do pagar por pagar.
Perceba...
3 comentários:
Mama mia! Que coisa linda! Libido, amor, tdo misturado e um poeta de talento dá nisso: obra prima. Amei guri.Lindo!
Eu já conhecia,e mesmo assim ainda me surpreende e toca. Obra prima mesmo.
Beth
Belíssimo!
Postar um comentário