domingo, 30 de dezembro de 2007

Convidada: Jessiely

Entre as mãos

Vejo a borboleta
Que perdeu o rumo
Entre as promessas
(des)feitas.

Resignada
Ao fim
Em idade tão tenra
Ela ainda
Oferece à vida
A cor intacta
Da alma.

Vã oferenda

A vida detém as cores
E almas
furtivas
Tão ou mais coloridas
Que a dela, sutil
E já desfeita.

Só não tem
O detalhe
infinito
Da paisagem
Que desenhaste
No foco
Do meu olhar

Nas mesmas ondas
Que todo mundo

Que beija a areia
E apaga os beijos
Ao retornar

Tu d(escreves)tes
Um caminho
traçado
contínuo
Ao segurar minha mão

Nossos passos
Não ficaram
Mas a vida
Tingiu meus pés
Despitou segredos
Confessou sua razão.

O amor deixa suas cores
A vida se esvai
Mas as marcas que o mar
Não carrega
A brisa traz
escondida
Entre as mãos.

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Jessiely - Em 5 de dezembro de 1984, nasce mais uma Paraibana, Amélia Jessiely Soares Bento, filha mais velha do casal Maria das Graças e Jefferson.
Escritora desde os 10 anos, quando suas poesias passaram a ser difundidas no ambiente escolar, feito que lhe conferiu notoriedade entre os educadores. Assim sendo a paixão pela arte, começou a fluir.
É apaixonada pela arte, sobretudo pela poesia. Blog

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei de terem convidado a Jessie.
Q volte sempre!
bjs

ofilhodoblues disse...

eita orgulho dessa minha mulher,
belíssima poesia, merece esse espaço e muito mais!

Fernando Maia Jr. disse...

Um poema feminino, gracioso. Traz imagens bonitas. É gostoso de ler.

Convém corrigir o verso "tu d(escreveste)s". É na verdade "tu d(escreves)te", sem "s". Com "s" é vós. ;-)

(Tb "despistou" em vez de "despitou").