DEDALISMO MANIFESTO
O âmago aponta o dedo,
tenho medo
do que virá.
Pelas madeixas
me deixas
a impressãode que devo parar.
A agulha enferrujada
do palheirode minha tia-avó,
me dá um nó
tremendo.
Acho que é o Dedalismo
nascendo
nas barbas do profeta.
São letras distorcidas
numa lógica incerta
que certamente
fará o corpo doente
preferir a poesia
ao último
suspiro.
3 comentários:
Isso é apavorante. O dedalismo transbordou noutras plagas vindo melar estas alvas e puras páginas.
Nua e crua a arte pode ser entendida de infinitas formas, tanto quanto sem fim seja o número de gente.
Que entender desse manifesto?
- Proposta? Se sim, infelizmente não a compreendi... De todo modo, esse dedo não me tocou. :-P
- Crítica? Se sim, à arte dada (à arte dada)?
Ou teremos apenas uma simples poesia com seu recado? Ou ainda uma poesia complexa?
Tirando todas essas conclusões inconclusas, já te li com mais técnica, Perrone... O poema tem momentos bacanas, mas cada conjunto de verso traz brincadeiras de um mesmo tipo, o que deixa o poema pouco diverso, meio simples. Tem rimas que só sendo muito corajoso pra usar (rimar -á com -ar).
Eu entendi um recardo, o poema brincou com diversas correntes modernistas (surreal, cubo, dada), até foi interessante nisso, mas acho que ainda falta algo...
A conclusão final do poema, uma ode à poesia, exige mais desse texto.
Vamos nessa!
*r
uma figura, o Alex!
"Pelas madeixas
me deixas
a impressãode que devo parar."
adorei... *r
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