O casal, apaixonado, trepava com mais estripulia que atriz pornô velha. Roupas de couro, chicotes, fantasias de Chiquinha e Chaves; descobriram que raspar a pílula de viagra e cheirar o pozinho azul, igual cocaína, reavivava os ânimos como se fosse a gloriosa primeira vez.
Certo dia, depois da maratona e da soneca, Flávia acordou com os gemidos de Antônio. Surpreendeu-se ao ver que o pênis continuava ereto.
- quer mais? – Enlaçou o peru com os dedos macios.
- tá doendo!... Resmungou o namorado. – parece que vai explodir de tão duro!...
A garota, assustada com a agonia do sofrimento, abocanhou o bichão, pensando em aliviar o amado com suas técnicas indianas. Trabalhou até ficar com a língua dormente.
- ai, deu câimbra no maxilar.
- que vou fazer? – Sofreu Antônio, a pressão do pênis o deixava louco.
Ela analisou o problema à luz do curso de enfermagem.
- é priaprismo. O sangue não sai do seu pau porque a válvula de contenção está inchada, certamente influenciada pelo viagra.
- meu pau vai cair?
- sim, se a gente não impedir a gangrena.
Os olhares se cruzaram, pesarosos, e depois miraram o pênis.
- pelo menos ele tá grandão. – Disse Antônio.
- parece que cresceu mesmo... – Ela o manipulou como uma cobaia. – tá mais musculoso...
A carícia excitou o rapaz, que injetou mais sangue no estufado membro.
- ai.... dói... pára de me dar tesão...
A garota, então, teve uma idéia.
- você não gosta de tesão? – Passou o dedo sobre a glande, escorregou pela base e agarrou o saco com as mãos em concha, aquecendo-o.
- ah...
- gosta, né?! – Umedeceu os lábios, roçando sensualmente a língua. Lambeu os dedos e os esfregou nos mamilos, fazendo-os apontar o céu. Abriu as pernas e a doce fragrância da vagina rosa atingiu o rapaz como um feitiço irrecusável. Sentiu-se no paraíso.
Um tapa! O barulho o atingiu antes da dor. O pau trombou contra o ventre, depois de ser atingido com toda a força pela namorada. Antônio nem conseguiu perguntar “por quê?” antes de desmaiar.
- acorde. – Pediu a moça. – o priaprismo acabou.
Antônio abriu os olhos e buscou suas intimidades. O pinto estava mole, finalmente. A dor havia sumido com o susto. Na segunda avaliação, porém, percebeu que estava diferente, mais escuro, maior.
- cresceu bastante. – Flávia o media satisfeita.
- é... inventamos um método real de crescimento peniano.
- ficaremos ricos! – Ela elocubrou um futuro promissor.
Antônio ficou calado. Parecia calcular uma equação dogmática.
- só há um problema: como explicaremos o tratamento? – Suspirou. – Não poderemos dizer que provocaremos priaprismo na piroca dos clientes quase até a amputação por gangrena.
- há. – Desdenhou. – vocês, homens tolos, são capazes de qualquer sacrifício para exibir um pauzão aos amigos.
Ele lembrou que nunca se envergonhara de ficar nu com mulheres, mas sempre se incomodara em vestiários masculinos. Viu no semblante da namorada que ela faria tudo para vender a fórmula. A idéia era boa, embora perigosa.
- certo. – Rendeu-se, acatando a sabedoria popular: quem gostava de pau grande eram os viados. As mulheres gostam é de grana. – vamos ficar ricos.
5 comentários:
Hehehe, tasquepariu! Pô tratamentozinho maluco esse, hein?
Punk, com "P" maiúsculo, rs
ficanapaz
Pra mim são gênios as pessoas que escrevem coisas tão lindas como as que são postadas no blog. É a minha primeira visita, mas de agora em diante estarei sempre por aqui.
Abraços as todos e ótimo dia!
[VIOLET]olha to impressionado como escreve, comparo vc a SARAMANGO RSRRSSR PODE CRER VC É UMA ÓTIMA ESCRITORA LITERARIA , UMA ÓTIMA TARDE (EU SOU PASSARO VOADOR)
Príapo é um dos deuses que acrecito.
Salve, salve!
Gostei muito do escrito.
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