domingo, 19 de outubro de 2008

Sem mais (mais).




Sem mais (mais).

Sensível intromissão em seus dias
caço ventanias para ser tempestade,
dívida paga em seu corpo meu abraço,
vida em várias vias no secreto que sou,
amor, loucura, perdão e tesão.
Forte tormenta ao pé do ouvido
nas bobagens que digo se agimos.
Mulher em vôo rasante no peito aberto
por cima seios e línguas, encaixe molhado
e ai, tudo é só envolvimento de alma e corpo,
tela em branco. Sua foda minha foda.
Joelhos dobrados e mais
sem rédeas, sem promessas - por todos os lados.
Suados pergaminhos do mar, fúria em ser o meio.

Eliane Alcântara.

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