domingo, 21 de dezembro de 2008

Domingo de luas



Domingo de luas.
Teu olhar nas nuvens
Decifrando fórmulas
Impossíveis de improváveis mundos,
Desprende-se do meu
Corpo caótico, denso e
Imponderável.
Que tropeça nos próprios passos,
Acorrentado à constantes espasmos
De um passado apagado
Das asas dos pássaros,
Das expectativas dos astros
Ascendentes do destino.
Sobrevivente de um
Quebrado coração amargo,
Qual ramo seco sem seiva,
Sem rio, mar, saliva.
À deriva, tragado pelas rochas.
Sucumbe à doces lembranças ácidas,
Que corroem do ôco das córneas
Às desesperanças.
Que alimentam a angústia
Que se alimenta das vísceras.

Imutáveis transitórios
Jamais recuperarão o que une
O fascínio dos sonhos
Aos delírios impunes.

4 comentários:

Anônimo disse...

triste isso, a separação entre duas pessoas que se amam e se admiram, porém o destino os conduzem por caminhos distintos.

porém, são so sonhos unidos aos delírios impunes, que alimentam as alegrias de cada dia!

muito bom!

R

Blog Bar do Escritor disse...

Os tristes são os mais bonitos. Vc foi perfeita, passou até o frio da separação. Boa!

Angela Gomes disse...

Grata, Amigos, por compartilharem suas sensibilidades.
Bjs! Até! Angela

Iriene Borges disse...

Quanto mais despedaçados estamos, mais inteira nossa poesia é. Isso acabo de concluir lendo seu poema.