terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

O VASO

ou estava ruim de mira
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Foi mais que um vaso que se partiu na enorme queda da janela à calçada, de fora, sorte do carteiro que desviou, levaria uns oito pontos, fora a dor de cabeça de semanas, os estilhaços fuzilaram as pequenas formigas, tidas como pestes, desmembrando as mais graúdas e dilacerando as pequenininhas. A cor azul da porcelana se banhou com sangue artrópode. Eu sempre quis ser formiga, menos quando chove. Acontece que o tal vaso, que não é chinês, porra nenhuma, se acha... nem a pau... o tal vaso era pra rachar a cabeça do condenado, mas ele se esquivou... filho da puta... fazer o quê, azar das formigas.
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conto faz parte do livro: Amar, só se for armado... (livraria cultura)

2 comentários:

Deveras disse...

Maquiavélico e intrigante o mini-conto. Detalhe extra para o título do livro. Um achado.


ficanapaz

Blog Bar do Escritor disse...

faz parte de um livro bom pra caralho!!!! eu to lendo ainda, mas confesso que ja virei fã desse moço...