sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Série: O DF não é só Brasília - Museu Vivo da Memória Candanga



Quem sai de Brasília em direção a Valparaíso de Goiás já deve ter reparado: a beira da rodovia, pouco depois do Parkshopping e um pouco antes do Núcleo Bandeirante, descortina-se sobre um morro um conjunto de casinhas coloridas de madeira.
As tais casinhas margeiam a estrada desde 1957, quando ali foi construído o primeiro hospital de Brasília, erguido para atender os candangos que construíam a capital.
O prédio amarelo, o maior, era o hospital propriamente dito. As demais construções serviam como residência de médicos e demais funcionários. Interessante notar que as casas que possuíam duas portas, na verdade, abrigavam duas residências, utilizadas por funcionários casados. As casas que possuíam apenas uma porta era usadas pelos solteiros.
Após a inauguração de Brasília, o lugar foi rebaixado a posto de saúde, e, na década de 70, abandonado. No entanto, alguns funcionários permaneceram morando algum tempo no local.
Ocorre que tradicional sanha imobiliária de Brasília passou a abrir os olhos para aquela área. A cultura e a preservação venceram através do esforço de antigos funcionários e dos moradores da região, que se mobilizaram para preservar o local; os ex-moradores foram remanejados para outros pontos do DF e o antigo HJKO transformou-se no Museu vivo da Memória Candanga (MVMC). É hoje o maior complexo de construções da época da construção mantidas de pé.
O Catetinho certamente é mais famoso, por ter servido de residência para JK. No entanto, trata-se de apenas uma edificação, ao contrário do complexo do MVMC.
No antigo prédio do hospital, encontra-se uma biblioteca, uma maquete atualizada de Brasília e a exposição permanente “Poeira, Lona e Concreto”, com ambientes simulados de quarto de hotel, salão de barbeiros, com materiais da época da construção. Em algumas das antigas residências funcionam hoje oficinas culturais de cerâmica, etc.

Um comentário:

Giovani Iemini disse...

hei, cara, que boa sacada!

sim, muito interessante.