Passei em frente ao Sampa Café e Restaurante, na rua 3 de dezembro, no Centrão de São Paulo. Tinha umas empadinhas bonitas na vitrine. E um cartão ao lado delas: “Empada de Palmito”.
Êba! Quando passar por aqui, na volta, vou pedir uma dessas, pensei, fazendo planos para o futuro. Fui ao tabelião na XV de Novembro. Depois, cumprindo o que me prometera, parei na lanchonete (não dá pra chamar de ‘restaurante’, não tem mesas. Se tem, não vi. Só uma prateleira de uns 20 cm, junto da parede, do lado oposto ao balcão, com banquetas de bar. Ok, por mim! Nada contra aproveitamento do espaço).
Primeira dentada na empada: era de frango. Depois de engolir, reclamei, desapontada:
– Ei, moça! Esta empada é de frango!
– E daí?
– Está escrito lá que é de palmito!
– De palmito acabou.
– Então precisa avisar que é de frango.
– Você não perguntou.
– Não perguntei porque tá escrito “em-pa-da-de-pal-mi-to”. Se não tivesse nada escrito, eu perguntava! Melhor não escrever nada do que informar errado!
Silêncio enquanto a moça limpa a chapa. Insisto:
– Precisa tirar de lá aquela plaquinha.
Ela continua limpando a chapa. Outra atendente vai lá e tira o cartão.
Na hora de pagar, digo à que me atendeu:
– Desculpe ter pedido a empada errada, viu?
– Tudo bem, responde ela com um sorriso magnânimo.
Até esqueci sobre o balcão a garrafa de água que eu tinha comprado pra levar...
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