terça-feira, 16 de junho de 2009

A Ilha do Corvo

(Sonia Cancine)
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De onde eu venho
Salta-me aos olhos tua face tristonha
Deleito-me nas imagens tempestivas
De fogo em flores.

Espalham-se, semimortas
Pela lagoa de sentimentos.

Mergulhada, na incerteza, eu te vejo ao longe
Pela janela da emoção, furtiva e silenciosa.
Distante, nada é mais como antes

Eis, que emergida da pugna, cansada e ferida.

Um lago espelhado e azul
Cercado de areia fina e branca
Plantado no coração de meu sítio
Tinha tuas nuas águas tão clara

Que muitas vezes me iludia na tua profundidade
Como tudo na vida, não era de fácil acesso.

Ao galgar na areia macia e escaldante
Meus pés chiavam no encontro com a água
Recuava, num pequeno deslize provocado

Na lagoa de flores, que nasciam nas margens da alma
Colhidas, eram ofertadas em ebulição e
Na ilha do Corvo, dos amores vulcânicos

Mergulhava nas cascatas do teu olhar...

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