Do ser humano
aceito tudo!
Escarro na cara
porrada no rim
até emboscada
embalada em cetim
Aceito marrom
azul marinho
frutos secos
Que façam de suas vidas
um eterno fevereiro
Aceiro prego, martelo
e uma cruz
chatice, macumba,
ausência de luz
Coliformes fecais jorrados da boca
em julgamentos precipitados
Aceito aço,
escárnio, maldizer
preguiça no primeiro passo,
o mal por puro prazer
Aceito sopro
quando estou a beira do precipício
e indiferença
quando sou alheia ao umbigo
O hospício
A decadência
A hipocrisia
O ódio
O cuspe
A melancolia
Que destruam me pé de tâmara
e tudo o que eu tenho pra colher
Do homem aceito tudo
exceto que me cheguem
feito cheque sem fundo
2 comentários:
Nossa, Ba, acho que ainda não tinha lido esse seu. Adorado!
Muito bom, Bárbara! leitura e tanto...
Henrique
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