Não faz sentido
brincar meu carrossel
em torno da sua ausência
brincar meu carrossel
em torno da sua ausência
Tampouco lambuzar de mel
o limão que me traz
com veemência
Não faz sentido
te inundar de pólvora
se não existe fogo
te inundar de pólvora
se não existe fogo
brincar de índio
entrar na roda
perder seu jogo
entrar na roda
perder seu jogo
Não faz sentido
o suor intenso
em dias frios
estender a outra face
aguardando outro abril
a memória
apostólica romana
apostólica romana
a dança cigana
entre boleros e ventres
entre boleros e ventres
Não faz sentido
chantili e merengue
os poemas amassados
rasgados com fúria
rasgados com fúria
esperar que você seja brando
feito bebida da uva
feito bebida da uva
Não faz sentido
todo este tamanho
todo este tamanho
as cores lá fora
e eu aqui em preto e branco
e eu aqui em preto e branco
2 comentários:
muito legal! curti!
Gostei do poema, tem expressões interessantes.
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