quinta-feira, 4 de novembro de 2010

J´accuse

Hoje era para ter poema, prosa ou notícia ou verso. Hoje era para ser diferente. Mas farei o inverso. Pois aconteceu o que acontece sempre: a roda da vida esmagou mais um inocente.

Carlos, um brasileiro, pagou com a vida, aquilo que os descrentes não vêem: que aqui ainda tem saída, que aqui ainda convem, ser um cidadão honesto.

Pois não tinha lado nem bandeira, não tinha inimigos nem trincheira, só a luta labor diário de quem batalha a vida inteira.

Carlos tinha sonhos...

Que foram cortados ao meio, raptados. ABATIDOS. Por algum salteador de meia pataca

Vida perdida, justiça ingrata...

Eu acuso este clima eleitoreiro que bate boca de quatro em quatro anos e deixa tudo como está; essa farra de visões vendadas que tenta mascarar o quão perdidos estamos; divididos entre os gomos, federal, estadual e municipal de merda, que nunca resolvem nada...

Eu acuso essa justiça lenta, letárgica e leniente, que passa a mão na cabeça do meliante, enquanto as vítimas gritam para o nada...

Eu acuso nossa própria inatividade, em quedarmos queixosos e aflitos, sem termos ao menos o princípio, de buscar um país melhor...
Eu acuso o Destino, que fez de mais um menino, o mártir da vez e a razão do pranto...

E, Céus! Até quando?!

3 comentários:

Giovani Iemini disse...

quem é carlos?
não vi a nótícia...

Lupo disse...

Tb não sei quem é Carlos, mas basta procurar um pouco... São tantos os Carlos, Joãos, Augustos, Márcios... Sem contar as Flávias, Helenas, Marias...

Belo post, e belo grito.

Deveras disse...

É o que disse o Lupo: são tantos os nomes, tantos os casos, tantas as sinas, que é quase aleatório nomear a vítima...

Mas no caso, baseei-me em um conhecido meu.

Que vá em paz...

E que tenhamos também um pouco dela.

ficanapaz