domingo, 9 de janeiro de 2011

Lançamento de A DOENÇA É A DESCULPA DO CARÁTER de Pablo Treuffar. Dia 11/01 às 19h



Dentro de Pablo Treuffar existe um espírito indômito, irreverente e irônico a gritar conceitos e impropérios através de versos livres (de métrica, inclusive) que nos chegam como flagrantes do cotidiano e das emoções do autor. Isso de escrever sem apoio das delongas Pablo Treuffar aprendeu com os mestres que orientam suas leituras – Rubem Fonseca e John Fante, por exemplo. Sem pressa, mas com alguma urgência, o jovem poeta faz uso do pensamento/discurso na primeira pessoa para oferecer fúria e revolta sempre contundentes. A indignação em primeiro lugar. Os versos de Pablo Treuffar são – não de forma unilateral, pois existem outros atributos – revigorantes de uma energia perdida pelo leitor num passado recente.
Toninho Vaz (autor de Paulo Leminski, o bandido que sabia latim e Pra Mim Chega, a biografia de Torquato Neto)


Eu lia contos e poemas no Bar do Escritor (comunidade no Orkut para troca de experiências em literatura), quando um novo nome surgiu: Pablo Treuffar. Abri seu texto e me deparei com uma prosa poética sem correspondência com outro autor contemporâneo. Suas linhas eram fortes, marginais e muito engraçadas. Elogiei sua história, disse que via ali uma inovação bastante curiosa e interessante. Outros membros do BDE discordaram, disseram que o Pablo era um louco, sua crônica, que até falava de amor, mais parecia coisa de um beatnik alucinado. Ri. A crítica que o imputavam soava como rock´n roll para mim. O tempo passou e me familiarizei com a maneira peculiar de Pablo em se expressar. Eu gostava tanto da forma quanto do conteúdo. Ele falava dos tesões em viver na Cidade das Maravilhosas, cercado de tentações de biquíni e obrigações não tanto necessárias. Cada nova história me dava mais a impressão que aquele autor tinha algo de especial, sabia onde queria chegar e como queria ser percebido. Em alguns momentos, eu ficava até com inveja de sua sinceridade lírica e sensual. Um dia, li um comentário do escritor Edson Bueno de Camargo, que dizia conhecer um escritor do Rio de Janeiro que o lembrava a mim, pelas ideias libertárias e a forma pessoal e marcante de escrever. Ele falava do Pablito. Eu me envaideci. Muito. Já era fam do cara, uma voz que soava como se estivéssemos confessando nossos próprios pecados, mas sem vergonha ou arrependimento.
Giovani Iemini
(autor do livro Mão Branca, entre outros talentos)


O Treuffar tem uma coisa bem explícita: escreve como um carioca nascido depois do Rebouças... Isso fica claro no ritmo que ele impõem (sim, ele faz isso), reverberação do Baixo Gávea, da Prado Júnior... Um carioca irrecorrível escreve e pensa assim: Vai cuspindo idéias rápidas, que na verdade, pensou durante anos sobre cada uma delas. E vomita... Vomita porque a cidade partida, recém cerzida (em parte) pelo Capitão Nascimento (ironic mode on, please, tá?) exige certa ausência de lógica para funcionar. A Zona Sul carioca pede pelos sons das favelas para auto imolar-se de seus complexos de culpa. E o Pablo sacou isso já há tempos. Desanca putinhas patricinhas, mas as ama. Pensa na morte, teso por viver um pouco mais.
Eduardo Perrone
(escritor "quando dá na veneta" participou de antologias entre outros projetos)


Pablo Treuffar é violência. É sexo. É cotidiano urbano furioso. Dentre leblonetes, estampidos na favela, cadelas, sejam elas Shitsus ou pejorativas, a sensibilidade do autor sobressai. A métrica? Foda-se! Importante é estilo, e isso, transborda neste escritor talentoso. Inale Treuffar e descubra as facetas do Rio de Janeiro.
Guto Correia
(jornalista)


O Pablo Treuffar não é um poeta fácil de engolir, sua linguagem suja, me lembra algo como um beat tropical, sob o sol escaldante do Rio.
Edson Bueno de Camargo
(autor de Cabalísticos e De lembranças & fórmulas mágicas, entre antologias e outros livros)


Entrevista de Pablo Treuffar
http://www.pablotreuffar.com/



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