Pisa-te mal quem te acha feia.
Mas não eu, que te sei,
sob a máscara rude, delicada.
Pisa-te mal quem te tem medo e te acha fria.
Mas se te piso, São Paulo amada,
é como quem acaricia.
Cada passo a que me atrevo sobre o asfalto,
cada toque dos sapatos sobre as tuas avenidas
é como um afago, um agrado
sobre a pele da mulher querida.
Se percorro as tuas ruas e te toco o calçamento,
toco como quem toca, leve e lento,
as costas nuas da namorada.
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