Antirreflexo
Memórias rasgadas
Aparentemente apagadas
Tinta bruta permanente
Permanentemente afiada
Sangra o que não deve
Porém, o que não se percebe
É o gosto...gostoso
De quem gosta do desgosto
De quem sente o assombro
De tudo que não lhe convém
Quando na melhor companhia
A solidão lhe cai bem
Memórias anuviadas
Pela tinta que dimana
E mancha a marcha do tempo
Que devagar flui como um rio...sedento
Sangria desenfreada
Sanguessugas da alma
Das almas penadas que somos nós
Sozinhos em nossos lençóis
Espelho meu abdica desta farsa
E só reflita o que for verdadeiro
Sem truques, caras e bocas
Apenas a face hermética...ainda presa no cativeiro
Antirreflexo da felicidade
Que não suporta o fim...start da vaidade
Mesmo não entendendo
Que o mesmo está ao lado de cada início inesperado
---
Nenhum comentário:
Postar um comentário