(Sonia Cancine)
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Eternizam-se na memória
- no embalo do vento -
Absorvidas pelo nó sorvido
- com gosto de maçã -
Emoção em gotas cítricas e hortelã.
Das pupilas e das contas d’água
- do verde mar de seus olhos -
Da bruma espuma, nódoas de solidão
O vinho escorre nas veias, rompendo o chão.
Arranco calhetas e cascalhos
Do ferrolho de meu peito
- sou pescadora de Mim -
Húmus mudos
Fragmentos que perdi...
A Luz espalha o seu aroma
Na Terra que fenece
Irrompe em tempos estranhos
Onde se tinge de sangue
Precipita-se ao Sol e
Só se detém, ao amanhecer.
Vislumbro o oceano
- no marejar de meus olhos -
E ao trazer a alma azul do mar e do céu
Eu chorava ao voltar para a Terra.
O imaginário da Lua inspira-me
- a mulher guerreira -
No fundo do lago ou de Yaci...
Qual espelho da Lua, na face refletida
O antes e o agora
- pescadora e cavalgante -
De águas e terras distantes
Neste agreste mundo aquoso
sábado, 14 de janeiro de 2012
A Pescadora de Luas
Escrito por
ÍndiaOnhara
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