espelho náufrago
além do papel perfurado (como borda de naufrágio)
seus olhos vociferantes como o azul da distância
feridas selvagens de unhas cheias
supercedem o momento em que nossas mentes voltam à trilha
(por terra, por mar)
os sons da lua crescendo (tinta no oceano)
seu corpo assaltado pela fúria da areia
nossos corpos envolvidos por palmas e árvores
o afundar de dentes em fendas salgadas
um piscar veloz (como asas de beija-flor)
o gosto em sua pele um prelúdio (àqueles todos beijos que eu guardarei
pra um dia de chuva)
um espelho, os destroços, molduras finas como papel
impulsos insasciáveis (por manhã, por tarde, por sempre)
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Viviane Vasconcelos
2 comentários:
Saludos azules desde mi playa de versos...
É desses que eu gosto...
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