segunda-feira, 30 de julho de 2012

Convidado André de Moraes

Revoluindo ao Primeiro Ato


E quando o tempo parece passear por nós
Os dias embebecidos numa nuvem de revolta
Um sobreviver não comum pela vil escolta
Ainda com sombras de quem vem e tenta calar a voz

Não disseste que assim seria a primavera?
E que o muito amor seria um contento descarado
Sem vergonha da vida e mandando ao caralho
Aquilo que não fosse destruir com essa miséria

Esse cordão que nunca fora umbilicado de fato
Frugal seria o nascer da crítica aos putos políticos
Transitando pelas veias dos mil intentos malígnos
De uma vida que sempre se alimentou do mais barato

A alma que luta não responde sim ao maldito sistema
Que busca enferrujar uma revolução por segundo
Mas ao que pensa um outro possível pra esse mundo
Não se cala com o baixar das cortinas entre cenas
Retratando a miséria política que insiste em protagonizar tudo
No teatro dessa vida que ainda insiste em ser mudo







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André de Moraes

2 comentários:

Samuel Balbinot disse...

maravilhoso poema....... rimas são tudo de bom mesmo.......parabens

André de Moraes disse...

Valeu Samuel! Tem mais poemas meu no meu blog. Dá uma passada por lá!
www.artesaodoespaco.blogspot.com
Abraço.