sábado, 7 de setembro de 2013

O amor é uma febre




que maravilhoso isso!
maravilhoso


verdade e dor

molas mestras do xadrez de lençóis, fronhas e edredons
equilíbrio no picadeiro de carne e caos de nossos corações

em acrobacias felinas; leve salto silencioso sobre a vida
pouso garras afiadas em tuas ancas

e com vontade, lhe comerei. 
pouco a pouco. de colherinha!
com o sabor de suas entranhas em minha boca
o suco da sua fruta, imolada à minha ceia me deleito e deito o copo
sobre teu corpo arqueado
lhe arranco um naco das costas,; sua alma escorre pelos meus dedos


rente a seus cabelos
nosso gozo servido em uma travessa de prata

seus olhos como lagos imensos no interior do deserto do Saara
à despistar andarilhos nômades tuaregs
e criar oníricas miragens incandescentes


tua boca, dita ao mundo clap clap clap o maior dos poemas
teu sexo a me devorar, recita, silenciosamente, uma ode mortal
nosso balé particular e febril

e nesse já extinto instante
quase morrendo deste brutal enlace
sussurramos, perigosamente,  um o nome do outro


ressuscitados,
voltamos à vida, nunca saciados
com mais fome
e ainda melhores do que antes

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