Por Eliane Alcântara
Não posso ousar-te a voz se em mim grita o silêncioDaquela que eclipsa o dia no corpo de quem ama
E morre sem dizer palavra que valha ternura
Na lembrança de quem não parte, saudade.
Querer-te no compêndio de dias secretos
É castigo para quem não cala o coração moleque
Na pinguela das emoções de quem atua a vida
Nos cenários escondidos de quem não aplaude.
Por tanto que doa o drama de poetar-te
Rima sem cabimento no viés dos olhos
Beijar-te não devo se me atrevo a não chorar
A ordem que foste no tango de um passo errado.
Uma parte da porta aberta revela o interior
De quem fecha por medo do desarranjo o vento
E conceituar-te não-amor é erro para quem sabe
Da suave brisa que conhece os cômodos de quem cala.
Ousar-te o querer sem beijar-te
É chorar o conceito de quem não sabe,
Embora saiba da vontade de viver-te
E consome-se, no pedestal do medo.
7 comentários:
O eu lírico se digladiando por um desejo que não pode (fisica ou moralmente) completar... A satisfação do desejo ou a conduta ilibada? Resta o medo.
E de se fazer altas analogias. E acho que ainda há muita água sob esta ponte...
ficanapaz
Mão Branca, obrigada pela postagem.
BH continua ótimaaaaa : )
Deveras, valeu : )
Obrigada pelo atencioso comentário, ui, ui!!!
Gostei, Eliane. Interessante. Saudades das postagens no seu blog. Beijinhos.
oi amei o que li****e super divertido a imaginaçao ela voa,cria,vive cada momento como se fosse unico....e nos tbm vivemos estes momentos unicos com o escritor e suas poesias,obrigada por este momento unico sempre quando de vou passar aqui neste boteco ate breve.
Versos livres e desempedidos.Um pouco de metapoesia na extrapolação do tema. Isso é bom!
Isso é poesia de gente grande...
Parabéns!!!!!!
sim, muito bacana.
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