Martin, o motorista daquele ônibus, estava nervoso. Nunca havia feito nada parecido, não tinha noção do cuidado e da atenção que isso exigia. Apenas concordou com a idéia porque precisava muito do dinheiro. Agora que a esposa esperava gêmeos, a situação financeira necessitava de um auxílio, algo que garantisse o sustento dos filhos que já nasceriam em menos de um mês.
O plano era gastar a quantia que recebesse, somente depois de passadas dez semanas, para evitar as suspeitas sobre ele. O esquema era após o ônibus passar por baixo do segundo viaduto, o motorista ascenderia e apagaria as luzes do veículo quatro vezes. Esse seria o sinal. Logo então deveria alegar aos passageiros que havia um problema com os freios do ônibus. Com isso todos deveriam descer e trocar de veículo.
- Eu vou perder minha novela – disse a passageira mais velha.
- Calma senhora, tudo vai acabar bem – respondeu o motorista.
O mais complicado para Martin era saber que todos o conheciam. Todos sabiam um pouco da sua vida. A esposa grávida e a situação difícil que ele se encontrava. Os passageiros foram transferidos para o primeiro ônibus que passou, o segundo veículo envolvido naquele que seria o maior e melhor seqüestro já realizado por motoristas de ônibus.
*rápido, simples e sem o menor sentido
6 comentários:
nem te conto que eu ja tinha lido!
laralaralaraá
;*
Mutcho loco, hehehe
Por isso ando no meu chevettão 84; esses motoristas de busão andam cada dia mais aloprados, rs
ficanapaz
surpreendente e real.
vá se danar mentiroso!!!
gostei de ver uma nova faceta de um dos meus escritores preferidos!
=]
Breve e bom conto!
Ah, interessante mas faltou a conclusão!
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