domingo, 17 de fevereiro de 2008

Enquanto o Silêncio Não Fala

Meus monstros
Estão em festa
Nos calabouços
Da memória.

Quebram taças,
Derramam vinho
Nas paredes
E janelas.

Caem bêbados.

Levantam-se
E tornam a cair.

(re)contam minhas histórias,
deslendam minhas lendas,
Divertem-se com a escória,
Rindo
Entre si.

E como não tem
Nada para escutar
Do lado de fora,
Eu sou um espectador atento
Das estórias que contam
Em mim.

André Espínola

2 comentários:

Eduardo disse...

MUITO INTELIGENTE E DINÂMINCO... LEITURA AGRADÁVEL. COM CERTEZA ESTOU LINKANDO EM MEU BLOG... ESTE EU INDICO.

ABRAÇOS

Eduardus Poeta

Glauber Vieira disse...

Bela autoreflexão!