segunda-feira, 21 de abril de 2008

Encontro

Todos os meus vultos são horas.

Toda a minha imprecisão, agora.

Meus atrasos no tempo,

Manhãs sem auroras

Boreais borrões no Ártico,

Que degela minhas cores quentes.

Minha música ausente e, meu amor

Próprio caos e memória.



Todo meu rastro desfigurado;

A palavra tecendo a larva

Que rasteja por suas asas,

Seus vôos de bordados e letras.

Falta a tinta da caneta;

A ilusão rarefeita me faz encarar,

Não há luz ou treva,

Apenas o olhar.

Sangue e lágrimas se fundem.

Tudo continua vivo.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ola Eliane, como vai ?
To aqui lhe desejando tudo de bom na sua vida.
Beijos
Célia

Nunca deixa faltar tinta em sua caneta, pois o amor sempre vem na hora que mesno esperamos.

Angela Gomes disse...

Legal, Célia.
Deve valer pra mim tbm, Angela. rss
Beijão! Até!

Laercio disse...

Sua musica nunca será ausente e seu olhar é sempre luz e vida. Lindo poema, parabéns.

Tullio Stefan disse...

tudo te continua vivo porque o teu sangue bordou este lindo poema;quando não nos há luz ou treva apenas o olhar,um eclipse chamado alma permanece na caneta seca e no papel-fibra dos corações.
Grande Poeta Anja!!!
Meus parabéns!
T.Stefano