Grávida.
Não quero perder do verbo a alegria
Ou beber da conjugação as lágrimas.
Minha estrada não conhece limites,
Faço floridos os dias mortos.
Pinto caracóis nos pensamentos
Para viver a expressividade do amor.
O que passa pelos meus caminhos
Trança de fantasias a realidade ofuscada.
Não vôo nem morro desfecho, sou jardim nu.
Orvalho de uma estação criada para o sonho
Lá onde o trem apita o definido início
E eu, posso estar no desembarque ou embarque.
Nunca sei mais da noite além do que ela ensina,
Madrugada é dia na pele, raiz na carne,
Repouso nos olhos da viagem sem dia certo:
Espera-me na esquina do verso eternidade.
Carrego a sina de grávida Poesia
E ela não permite que eu cale e seja tempo.
Se acaso eu florescer em seu peito
Quero ser margarida, suave margarida.
Desfolha-me devagar, flor de delírios.
Ao fim não busque compreensão; floresça.
Seja o íntimo poema do dia.
O poema vida com o nome sempre!
Meus pés seguem os dedos,
Os dedos o coração,
O coração os óvulos férteis da mente,
No entanto, há o olhar do mundo,
Onde eu crio e prospero sementes de sentimentos.
Meu tempo? Nunca e sempre. Certeiramente, agora!
Eliane Alcântara.
6 comentários:
Adorei imenso do poema e do video Eliane, esta de parabens linda poeta Mineira! beijos!!!!!!!!!!!
O que gosto, é a força das palavras... A intensidade que se faz presente em cada verso... Fazer o que além de aplaudir de pé e pra você tirar meu chapéu?
Te bebo com moderação
Abraços
Eduardus Poeta
adorei Eliane !!lindo poema.linda gravidez !!que possa continuar parindo esses seus filhos ..suas poesias.uma delicia vir aqui..beijossss M@ri@
Hey poeta!!!
Fazendo belezuras aí, né!?
Bonito! Intenso! Comovente!
E como ver em poesia, vivente, é quase tudo!!!
Bijão, te cuida.
Oi minha linda Eliane, como sempre vc brinca coma palavras de uma maneira genial, parabéns , bem me quer, mal me quer...
Carlos Lira
"Meus pés seguem os dedos,
Os dedos o coração..."
eu adorei.
bjs
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