segunda-feira, 16 de março de 2009

Lascas flamejantes

(Sonia Cancine)



Lascas flamejantes à noite vulcão devoram
a fúria inquietante que em mim (de) flora.


Esputam rastros de chamas que cruzam os céus

Em meio a lampejos que iluminam o empíreo
Acenam-me tuas saudades de nuanças rubras

Das veladas vontades
Reviram-me a mostra suculenta
De nuvens escuras

De tua sina me ensinas a te desejar e
Na maré de teus sonhos me conduzes
Bem devagar

Para saborear o paladar das espumas

Ensinas-me a deslizar em teus braços e
Nas minhas teias jugulas teu espaço

Em rios de lágrimas corres em minhas veias
Em pensamento murmuras teus cantos
O que teu rosto revela nas minúcias de tua face

Nas lascas negras de amor espalham-se
Pequenas asas luzentes

Vens dançar tua emoção, nas pupilas dançantes minhas
Nos rastros das chamas, o espelho da tua mente.

Um comentário:

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Bom isso!
"Para saborear o paladar das espumas"
Delicia de versos.
Bjins entre sonhos e delírios