quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ode ao teu Olhar

(Sonia Cancine)
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Em silêncio ouço fortes gemidos
Que rompem a sombra da noite
Repleta de estilhaços de dor.

Dos instantes em que te vejo
Guardo-te no olhar e contemplo.

Das serpentes dos teus olhos claros
A íris bucólica do teu olhar
Agoniza-me e me seduz.

Olhos que prometem me cegam
Como se fossem reflexos de espelho.
Colhem lírios e embriagam-se de absinto
Afastando-me do ninho das ninfas.

De súbito, enxergam ao longe uma flor
Jamais vista, a mais bela, e
Tua luz é brilhante (mente) intensa.

Do alto dos montes, delirantes súplicas
De espírito intranqüilo, de grata prece
Abro, então, uma cova no teu olhar

Rogo-te o calor
A incendiar-me as entranhas e
Sob a carne impenetrável
No pulsar do amor

Olhos que aos poucos fenecem
Causam-me - medo.

4 comentários:

Marina Moscardini Souza Lellis disse...

Boa tarde,



Anualmente a Scritta promove o Concurso Dia do Escritor. Já estamos na 3ª edição.



Contamos com a sua colaboração para divulgar o concurso e, assim, descobrirmos juntos novos talentos literários do nosso país.



A Scritta criou um site específico para o concurso: www.diadoescritor.com.br



A sua parceria será de grande valia para o sucesso do concurso!



Sugestões ou críticas são bem-vindas.



Atenciosamente,



Marina Souza

Mensageiro Obscuro disse...

Essa Índia é um mulherão de uma profundidade artística afrodisíaca. rs.

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Perfeito...
"Olhos que aos poucos fenecem
Causam-me - medo..."

Bjins entre sonhos e delírios

ÍndiaOnhara disse...

Muito obrigada a Marina Souza, Obscuro e Catiaho.

tum tum tum