sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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Distraída,
perdeu sua face no espelho do quarto
Em cada reflexo uma promessa
Em cada olhar lânguido, momentos vagos
vivenciados na noite...

Tem a mania de
transformar amores não vividos em estrelas
Sabe exatamente a localização de cada um.

Colecionadora de sonhos
Criou sua própria constelação

Inatingíveis !

Alguns desapareciam
ela nem tinha tempo de perceber...

A cada dia um novo brilho
Pedaços da noite, estilhaços no chão.

Aprendeu que feridas cicatrizam
E segue pisando firmemente.

A dor não incomoda,

Satisfaz.

(Ro Primo)

6 comentários:

Giovani Iemini disse...

consternação.
um sentimento duro, mas necessário.

bão.

Anônimo disse...

~^^!belA dicção poéticA!^^~

Angela Nadjaberg Ceschim Oiticica disse...

Adoro esse poema. É realmente lindamente bem escrito.

"Naza" disse...

Lindo e forte.

Celso Mendes disse...

Muito belo, Ro!

Encontros e Desencontros disse...

Obrigada a todos pela leitura. Bjs