segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Cárcere privado



Sobre a calçada
fumegam os resquícios
de um colchão incendiado

Em volta,
dezenas de curiosos
observam as contorções
das chamas que ainda resistem.

Ao avistar de longe esta cena,
encho-me de esperança:

finalmente rebelaram-se
os prisioneiros da rotina.


6 comentários:

Catiaho Reflexod'Alma disse...

Ei!
Que perfeito para ser lido em uma segunda feira
"finalmente rebelaram-se
os prisioneiros da rotina."
Adorei o poema todo,
mas esses me encantam
pensar...
Bjins entre sonhos e delírios

Maria Rita disse...

Está entre as tais prisões sem paredes....a rotina.

Beijos pra Ti

Lupo disse...

Perfeito!

Talles Azigon disse...

poxa maravilha mesmo Rodrigo costumno dizer que a poesia também é a arte de se criar imagens e a tua encheu-me ^^

Glauber Vieira disse...

Muito bom, principalmente o final.

Giovani Iemini disse...

HEHEHE.