quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Exilada de Nêmesis

Ela tem uns olhos desbocados,
onde nadam peixes de outras eras.
Traz neles medos cambrianos
e a ambição desenfreada das moneras.

Esse abismo recoberto de folhagens,
quando abre em armadilha
para o tempo, os bandolins, as aves,
num silêncio precedente de desastres.

Essa força incontrolável,
quando encontra um alvo
a gente logo sente o vórtice,
anticiclone fundo e sem barulho.

É como um deus imenso
tomando fôlego antes do mergulho.

5 comentários:

Ph disse...

Adorei a imagem que esse poema me traz.
Abraços

Meu destino é o caminho disse...

Muito bom, gostei do jeito de escreve. Parabéns!!!

Gui Batista

http://www.escritosdogui.blogspot.com

Adriana Riess Karnal disse...

muito bom.

Iriene Borges disse...

que lindo!!
Embevecida

Flá Perez (BláBlá) disse...

bjbjbjbjbjbj!!!