quinta-feira, 15 de março de 2012

Adágio para breve sumiço


tem dias que mundo não me cabe
não me adentra
escorre-me tal breu sobre pele
e perde-se antes da imagem primeira

hoje uma coruja me engoliu com seus olhos de rapina
depois seu pio emudeceu
no canto escuro
de uma noite qualquer
onde eu sumi

(Celso Mendes)

6 comentários:

Vinicius Carvalho disse...

E por falar em corujas. Sou apaixonado por elas!

Adorei o texto!

Retribuindo o seu abraço deixo aqui o meu! Que você tenha uma ótima noite!!

Patrícia Pinna disse...

Boa noite, Celso. Amei o teu poema cheio de mistério, e realmente certos dias sentimo-nos assim.
Somos mistério, magia e amplidão.
Um beijo na alma, e fique na paz!

Cris Amancio disse...

Maravilha meu amigo Celso, postei no facebook, para que meus amigos compartilhem de tão lindo...abraços!

Clayton pires disse...

Um poema muito bonito, muito bem dosado.

Unknown disse...

Noite,coruja,breu,sombras da noite, silêncios. A poesia adormece,se esconde.Desta forma,a refaz caminhos,avoluma-se, ilumina-se.

chica disse...

Que lindo poema,Celso! Gostei muito! abraço,chica