quarta-feira, 9 de maio de 2012

AZEITONAS DE TIRAR O SONO

Márcia rebolando
Gostosa
Caras e bocas dentro do vestido de noiva
Sim, Márcia casaria à noite.
Mesmo assim, frente a mim.
Márcia bamboleava
Suava
Pingava
Vestido amarrotado colado ao corpo
Boca procurando dedos
Verdadeira rameira de porão
No dia do casamento é imperdoável
Muito pior
O irmão do noivo a comia
Inaceitável
Com o irmão do noivo é a morte
Tudo poderia ser diferente
Não foi
O destino intercedeu quando decidi sacar minha máquina
Continuei onde estava e disparei
Registrei tudo e mandei-me por email
Voltei pra viatura e imprimi duas fotos
Imagens de uma noiva em ação no dia do matrimônio
Coisa de profissional
Corro pro quarto
Envelope na mão
Encontro o irmão
A me ver, sem graça ele tentou ser natural.
Fiz o mesmo
Segui em frente e entrei no quarto
Márcia olhava-se no espelho
Ajeitando o vestido
Deliciosa
Sentindo cheiro de luxúria no ar, perguntei falando rápido e ofegante:

- Você tem 10 mil aí?

Desumana, ela respondeu:

- Que susto!

Muito cínica a vadia
Joguei o envelope na cama e proferi palavras de uma pica cheia de mágoas por anos de serviço prestado as mocréias, e o cu cheio de medo por dívidas contraídas com traficas de rua:

- Tá vendo o envelope, pois é, são fotos suas em ação com seu genro.

Ela olhou-me lasciva, ofereceu:

- Posso fazer o mesmo com você.

De depredador down e duro de dinheiro, eu disse:

- Não vou estragar sua festa, não dou a mínima, amanhã quero 10 mil pra não botar essa porra toda na net.

Virei às costas e fui embora
Com 10 mil pagaria minhas dívidas e com sorte não faria outras
Por enquanto posso morrer a qualquer hora
Fui tentar dormir
Três horas da manhã
Campainha tocando
Levanto pelado e de pica dura
Não foi excitação
Pau de mijo
Sorte estar bonito com a seta pra cima naquele momento
Não estava sonhando com a noiva vadia
Pesadelos com metralhadoras pipocando-me a cara de azeitonas tem tirado meu sono
Abro a porta e analiso a noiva com um shortinho encravado, e as mãos pra trás.
Vendo-me de guindaste operante, ela sorriu.
Se essa vadia de merda soubesse dos meus problemas, não ia se oferecer tanto.
Olhando pra buceta dela eu gritei arrogante de crueldade:

 - Quando estiver com meus 10 mil, você fala comigo sua puta.

Quando eu ia fechar a porta na cara dela...
... Ela me deu três tiros na cara e falou:

- Tá falado!


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AZEITONAS DE TIRAR O SONO de Pablo Treuffar é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Unported.
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A VERDADE É QUE EU MINTO

A VERDADE É QUE EU MINTO

Um comentário:

algamarina disse...

Excitante !

Saludos de agua...