quarta-feira, 28 de março de 2007

Escritos Desesperados

Bem, é com grande satisfação que publico aqui o lançamento do meu primeiro livro, chamado Escritos Desesperados. O livro está disponível em www.livrorapido.com.br. Obrigado a todos do Bar do Escritor.

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A MORTE DO POETA

A cada novo poema,
O poeta morre:
É um pedaço dele que ali se vai;
A cada novo poema,
O poeta sofre:
Dia a dia, mais e mais;
A cada novo poema,
O poeta foge:
De si mesmo e da sua realidade;
A cada poema,
Ele sonha:
Com sua irreal felicidade;
E então no próximo
Ele chora:
Pois vai embora o sonho e fica a saudade;

E a cada novo poema,
O poeta sente:
Ora amor, ora solidão;
E a cada novo escrito,
Ele mente:
Acreditando que encontrou a solução;
E então novamente,
Ele sofre, morre,
Mente e sente;
Para no próximo poema,
De repente,
Deixar-se cair no chão,
E levar consigo
Todos os seus escritos
Para o fúnebre caixão.


André Espínola

19 comentários:

Anônimo disse...

Mais uma vez, parabéns André! Não só por seu livro mas pelo belo poema que você postou.

Te desejo muita sorte e alegrias nessa empreitada.

Lameque disse...

Poeta também é gente, em carne, osso e (em casos especiais) bytes.

Parabéns pelo livro. Sucesso!

MPadilha disse...

Parabéns André. Sucesso com o livro. Escolheu muito bem o poema. Beijos

dsds disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
dsds disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
dsds disse...

OSVALDO:

mandô bem, och!!
qu'isso aqui posto é por deveras explosivu.
han, han... boa escoia.

Anônimo disse...

um dos grandes nomes do Bar

Anderson H. disse...

Parabéns meu amigo! É mais um dos nossos dando um passo importante.

"Isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai nos levar além."
Paulo Leminski

Deveras disse...

Putz, cara... Eu sou pacas desse poema. Acho que o vi quando entrei no bar, aí vi que o lugar tinha a minha cara.

E novamente, PARABÉNS, assim no maiúsculo cara, por que você merece.

P.S. - Grande marqueteiro, você se saiu, hein?

Ficanapaz!

Cristiano Deveras

Fernando Maia Jr. disse...

Muito bacana, André! Duplos parabéns. :-) Depois que eu me estabilizar aqui no Rio, baixo seu livro e leio. :-)

Paulão Fardadão Cheio de Bala disse...

Escrevi sobre tema similar em "Adeus cocô". A diferença é que, aparentemente, eu sofri infinitamente menos...

Anônimo disse...

Esqueci de dizer q a capa tá show!

Larissa Marques - LM@rq disse...

Eita, que me refastelo em orgulho, li os escritors antes deles se tornarem livro! Eita, que esse menino vai longe!Parabéns!

Anônimo disse...

o poeta é líquido...se dilui em dor ou amor...ou os dois...



adorei o blog, mas ...e cadê a canha?

Rebellis disse...

Em primeiro lugar parabéns pelo livro ;-) Simplimente amei o poema que você ecolheu para brindar conosco. O final, para mim uma parte fundamental de qualquer poesia, foi maravilhosamente conduzido. Parabéns!

Giovani Iemini disse...

Faço minhas as boas palavras de todos que te saudaram!

Anaconda de Deus disse...

fodastico, gostei pra caralho,

Anônimo disse...

André, uma festa chegar e já
encontrar um delicioso poema seu
para ser degustado. rs*
E tim-tim ao Poeta!

Eduardo Perrone disse...

André... Mais um texto -seu- que me valeu à pena ter lido.